O Cine-Teatro de Benavente e o Centro Cultural de Samora Correia encontram-se na rede da "blogesfera" com o intuito de aproximá-los ao público, aos artistas e aos produtores de espectáculos culturais.
Neste blog pode encontrar toda a informação através das diversas páginas existentes disponibilizando-a apenas com um simples "click".
A promoção e divulgação da cultura são regra máxima nestes recintos culturais que funcionam num carácter de cedência de espaços para as diversas formas artísticas nacionais e internacionais. Apoiar os jovens criadores nacionais é um princípio base e o Cine-Teatro e o Centro Cultural encontram-se de portas abertas para os receber ajudando a divulgar a sua arte e a impulsionar as suas carreiras artísticas.
As inúmeras valências de ambos os espaços culturais permitem organizar uma programação cultural ecléctica.



CINE-TEATRO


HISTÓRIA DO CINE-TEATRO DE BENAVENTE

   O empresário industrial regional Luís de Almeida Lopes encomenda ao arquitecto Sérgio de Andrade Lopes o projecto arquitectónico do Cine-Teatro. Este elabora um projecto de “arquitectura civil cultural modernista para o Cine-Teatro com sala rectangular de cena contraposta, comportando plateia, 1º balcão e camarotes. Articulação ritmada da superfície das fachadas, sublinhando o jogo da luz e sombra; funcionalismo do espaço interno, transparecendo no tratamento das fachadas. A composição da fachada principal, com a sua torre elevada articulada com o corpo do Foyer do balcão, rasgado por janelas de verga redonda, enquadradas por molduras em cantaria, mostra ainda aspectos decorativos associados ao estilo oficial do Estado Novo.
BANDEIRA, Filonema; DIONÍSIO, Cidália; 2002
In www.monumentos.pt - 17 de Março de 2010
  
   No final dos anos 40 é colocada a primeira pedra no local onde viria a ser construído o edifício do Cine-Teatro. Aproximadamente um ano e meio depois abre as portas ao público com uma sala de espectáculos com capacidade para 708 lugares (460 lugares na Plateia, 228 lugares no Balcão e ainda 2 camarotes nas laterais com 10 lugares cada). O edifício afeiçoava uma esplanada para espectáculos ao ar livre.

   Os habitantes do Concelho de Benavente sentiam um motivo de orgulho no Cine-Teatro por este ser um palco de manifestações culturais de âmbito regional e nacional de diversas variedades, nomeadamente as projecções de filmes, peças de teatro amador e profissional, bailes, espectáculos musicais, festas escolares e espectáculos de variedades, tornando-o num dos recintos mais apreciados da região.
   Após uma década de funcionamento, a Delegação da Inspecção de Espectáculos declara a esplanada do Cine-Teatro Cinema de 3.ª Classe, de capacidade para 493 lugares (200 lugares na primeira plateia e 293 na segunda). O próprio Cine-Teatro é considerado por este organismo do Estado Novo Cinema de 3.ª e Teatro de 2.ª Classe. Ano após ano de funcionamento, são vários os responsáveis pela exploração do recinto cultural até ao início das remodelações necessárias no Cine-Teatro (foram retiradas algumas fileiras de cadeira de forma a proporcionar uma maior segurança para os espectadores). Neste período a exploração passou a cargo de António Peres de Campo, que criou a empresa Campolide Lda. para proprietária e exploradora do Cine-Teatro. A meio da década de 60 o recinto cultural reabre ao público com uma dinamização cultural melhorada e estruturada realçando-se as melhores condições do espaço.
   No ano da revolução de Abril, António da Silva Diogo inicia o seu período de exploração do Cine-Teatro, perdendo, com o passar dos tempos, o fulgor e o entusiasmo de outras eras de glória do recinto. O encerramento, por ordem da empresa Campolide Lda., foi inevitável, sendo vendido posteriormente a um munícipe de seu nome José Ferreira Henriques, durante os anos 90.

   A autarquia de Benavente com o intuito de remodelar e renovar o Cine-Teatro, compra em definitivo este espaço, de modo a suscitar a ligação muito ténue entre a população do Concelho e este espaço cultural. No final do século XX realiza-se o projecto de recuperação do Cine-Teatro. Uma recuperação integral, em todos os níveis, direccionado para apresentar um espaço cultural de topo da região. No inicio deste século, inaugurado por Sua Excelência Senhor Secretário de Estado da Administração Local, Miguel Miranda Relvas e por Sua Excelência Senhor Presidente da Câmara Municipal de Benavente, António José Ganhão.



ESPAÇOS CINE-TEATRO
AUDITÓRIO – O SUPRA SUMO DO CINE-TEATRO DE BENAVENTE

   Com capacidade para 445 lugares, distribuídos pelo balcão (124 lugares) e pela plateia (317 lugares mais 4 para cadeiras de rodas), eleva-o a um patamar de supremacia entre espaços culturais similares. As características únicas do auditório envolvem o espectador e os artistas numa simbiose sensorial emocional excepcionais, promovendo as diversas artes ao mais alto esplendor. O palco italiano do Cine-Teatro de Benavente com proscénio de dimensões razoáveis permite albergar diversos tipos de espectáculos artísticos na sua agenda cultural.

“Auditório é constituído por dois espaços independentes, ligados pela boca de cena, sendo a relação do palco com a sala de cena contraposta. (…) (…) com pendente, de coxias longitudinais (central e laterais) e transversais (de boca e de fundo), a que se sobrepõe o balcão, com camarotes laterais.
Espaços Cénicos – Palco, com pendente, (…) de paredes pretas e contando com coxias laterais e de fundo, sendo seguido de proscénio e avant-scène, este correspondendo à cobertura do fosso de orquestra. A boca de cena é rectangular.
Espaços Técnicos – caixa de palco dotado de duas ordens de varandas, laterais e de fundo, teia e falsa-teia e sub-palco. O acesso de carga faz-se directamente da rua ao sub-palco, por porta rasgada na parede de fundo da caixa do palco.”
BANDEIRA, Filomena; DIONÍSIO, Cidália; 2002
In www.monumentos.pt – 17 de Março de 2010



FOYER (GALERIA DE EXPOSIÇÕES)

   Foyer ou a Galeria de exposições do Cine-Teatro, outro aspecto da arquitectura do Estado Novo do edifício sexagenário de Benavente, idealizado para receber diversos eventos/actividades socais (reuniões, conferências, debates, plenários, acções de formação) e culturais (exposições, apresentações, oficinas culturais, espectáculos de música, dança, teatro, cinema). Neste local podemos vislumbrar a antiga máquina de projecção do Cine-Teatro e alguns elementos alusivos à 7.ª Arte nas vitrinas de exposição existentes no Foyer.

“A composição da fachada principal, com a sua torre elevada articulada com o corpo do Foyer do balcão, rasgado por janelas de verga redonda, enquadradas por molduras em cantaria, mostra ainda aspectos decorativos associados ao estilo oficial do Estado Novo.”
BANDEIRA, Filomena; DIONÍSIO, Cidália; 2002
In www.monumentos.pt – 17 de Março de 2010



ESPLANADA (CINEMA AO AR LIVRE)

“ (…) outras fachadas abrem para um logradouro circundante, a que se acede através de um portão aberto para a Rua dos Cavaleiros; na extremidade Sul do logradouro uma parede serve de ecrã de projecção de cinema ao ar livre.”
BANDEIRA, Filomena; DIONÍSIO, Cidália; 2002;
In www.monumentos.pt – 17 de Março de 2010

   A Esplanada do Cine-Teatro de Benavente invoca os primórdios da 7.ª Arte. O espectador contacta com um recinto acusticamente bom, com uma tela na parede de requintes decorativos celebrando o passado num presente tecnologicamente distante do modo de se realizar cinema ao ar livre de outrora.
   Este espaço encontra-se disponível para receber diversos eventos culturais de menor expressão, em virtude do pequeno palco existente na Esplanada, no entanto reúne as condições necessárias para se realizar eventos de música, Feiras do Livro e do Disco de Vinil, oficinas culturais, exposições ao ar livre, representações teatrais.



Galeria de Imagens
 
 
Pormenor das máscaras na fachada do Cine-Teatro de Benavente


 Entrada do Cine-Teatro


Bilheteira do Cine-Teatro

 
Vista da esquerda do Átrio


Vista de cima (balcão) do palco


Vista da direita do balcão


Vitrines de exposição no Foyer


Antiga máquina de projecção do Cine-Teatro no Foyer


Camarins


Interior do Camarim


Vista da esquerda da Régie


Área Técnica


Vista da esquerda da esplanada